O site da revista BRAVO! divulgou uma lista com 100 livros da literatura brasileira que não podem faltar na sua biblioteca.
Nunca levei a serio nenhum tipo de ranking. Elas são bobas, tendenciosas e vagas. Além do mais, as listas dos “100 mais” – existe uma que se chama “1001 discos para se ouvir antes de morrer” - servem apenas como muletas para cegos tatearem entre tantos caminhos.
O que mais me irrita num ranking, por mais que ele não seja arbitrário, é o seu caráter determinante e definitivo. E o meu descaso com as listas, em especial essa da BRAVO!, não se resume a inclusão ou o esquecimento de certos títulos. O que me tira do sério é o ponto final, é a escolha solta no ar, sem argumento, sem debate.
Mas, afinal, qual a função de um ranking? Não acredito que eles sirvam como um guia informativo e útil. O bom leitor não se influencia por nenhum tipo de guia. O leitor – seja ele bom ou ruim - precisa, sim, de um norte, de uma indicação. Mas ela deve ser dada por um bom crítico, que vai explicar o porquê ler aquele livro ou autor. Uma boa orientação evita perder tempo e dinheiro com obras e autores efêmeros, e nos ajuda a conhecer o melhor da produção literária de nosso tempo.
O mau leitor, além de adorar ler os livros expostos nas vitrines das livrarias, ama as listas. Elas facilitam na arte de simular erudição.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
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